“Se você sabe muito sobre um assunto você é capaz de desenhar sobre ele”
Foi com essa frase que o especialista Sidan o Rafa começou a nos explicar o que é o Pensamento Visual. Em tese o Pensamento Visual ou Visual Thinking é o conjunto de estratégias que podemos utilizar para traduzir uma ideia de forma gráfica, através do desenho. Essas formas gráficas não são necessariamente produções artísticas altamente rebuscadas. O mais interessante do Pensamento Visual é justamente focar na simplicidade, sendo acessível a qualquer pessoa.
Para ser acessível o Pensamento Visual costuma lançar mão de elementos simples como textos, linhas, formas geométricas e setas. “Existe um conjunto de elementos gráficos que todos podem utilizar para criar esquemas que ajudam no entendimento de qualquer assunto”, afirma Sidan. Isso possibilita que a facilitação gráfica possa ser conduzida tanto de forma analógica, em papel, como digital, com o auxílio de dispositivos móveis.
Esse contexto nos fez perceber que as estratégias de Visual Thinking têm muito a contribuir com a educação, já que podem ser utilizadas tanto por professores como pelos estudantes para comunicar uma ideia. Aprendendo a enxergar diferentes perspectivas, tanto o professor em sua exposição, como o aluno em um projeto orientado pelo professor, serão capazes de destacar elementos-chave e produzir uma facilitação gráfica sobre, por exemplo, um assunto em que a turma não se saiu muito bem.
Bons exemplos
Recentemente a professora Tarsila Baylão, talvez até sem perceber, aplicou o Pensamento Visual em seu conteúdo, produzindo uma série de esquemas gráficos para explicar aos estudantes a redação do ENEM. O resultado deu tão certo que ela criou a fanpage Rabiscos da Aula com dicas de português e redação. Outros bons exemplos de aplicação estão espalhados por todos os lados como naquele infográfico que você recebeu sobre como se manter criativo ou no mapa mental que seu colega desenhou durante a última reunião.
Possivelmente aquele “rabisco” que o seu aluno produz durante a aula seja mais útil ao entendimento dele sobre o assunto do que se imagina. Desenhar é um conjunto de habilidades que, assim como a criatividade, vão sendo bloqueadas quando deveriam ser cultivadas. Talvez essa nem seja uma atitude voluntária, isso porque ainda vivemos uma era de supervalorização da escrita, mas é preciso pensar sobre esse movimento de bloqueio criativo para não naturalizá-lo.
Para desenhar é preciso observar, enxergar detalhes, imaginar, criar e apresentar essa criação. Quando dizemos que não sabemos desenhar ou que o desenho que alguém está produzindo não é o que foi solicitado, estamos automaticamente atribuindo uma intensa carga negativa a todo esse conjunto de habilidades. Com o tempo a criança que desenha em sala de aula passa a acreditar que aquela produção é inútil.
Entender sobre Pensamento Visual é algo imprescindível para quem produz e consome conhecimento. Perceber como registros gráficos são capazes de ajudar a resolver problemas nos ajuda a produzir conhecimento de múltiplas formas, além de colaborar para que não sejamos agentes bloqueadores da criatividade. É por esse motivo que acreditamos que conhecer as estratégias do Pensamento Visual pode contribuir e muito para o planejamento de experiências de aprendizagem mais criativas e eficientes para o professor.
No Recife, professores e profissionais interessados em ter contato com o Pensamento Visual tem a oportunidade de participar do ProfLab quando são ofertadas turmas para a formação Pensamento Visual em ambientes de aprendizagem com Sidan o Rafa. Para ficar sabendo sobre a oferta acompanhe nossas redes e o nosso calendário.
1 comentário
Facilitação gráfica. Você sabe o que é? · 3 de abril de 2018 às 18:30
[…] um pouco mais sobre Pensamento Visual no texto Todos somos capazes de desenhar publicado aqui no blog. Acesse […]