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Reflexões sobre IA no III Seminário Discente PPGS/UFPB

Cheguei para compartilhar com vocês uma experiência bem legal que tive recentemente no III Seminário Discente PPGS/UFPB. Fui convidada pelo Professor Pedro Guedes, meu querido amigo e ex-orientador, para falar sobre um tema que tem me ocupado bastante nos últimos meses: a Inteligência Artificial (IA). E, acreditem, foi uma jornada cheia de descobertas, questionamentos e, claro, alguns sustos.

O seminário, organizado pelo GRUPESSC, teve como foco discutir o impacto das novas tecnologias no campo da pesquisa e eu tive a honra de participar da mesa de abertura com a palestra “O que (des)aprendi Stalkeando a Inteligência Artificial”. Confesso que, quando recebi o convite, fiquei um pouco apreensiva. Afinal, como falar sobre algo que está em constante evolução e que, ao mesmo tempo, gera tanto fascínio e medo?

Do ceticismo à investigação

Tudo começou em outubro de 2022, quando a IA pipocou em todas as manchetes. Prometiam que ela seria capaz de criar textos, músicas e imagens a partir de simples descrições textuais. Confesso que, no início, fiquei cética. Como uma máquina poderia substituir o trabalho criativo de humanos? Mas, em vez de apenas me preocupar, decidi mergulhar de cabeça nesse mundo para entender o que estava acontecendo.

E foi assim que comecei a “stalkear” a IA. Testei diversas ferramentas, criei prompts em inglês e português, gerei imagens e comparei os resultados. E o que descobri foi, ao mesmo tempo, fascinante e assustador.

O que aprendi (e desaprendi) sobre a IA

A primeira grande lição foi que a IA não é mágica. Ela depende totalmente das instruções que recebe e do volume de dados que consome. E, sim, ela pode errar feio. Durante meus testes, me deparei com mão com 8 dedos e outras informações completamente distorcidas. A IA também tem uma tendência a reproduzir clichês, preconceitos e conteúdos uniformizados, o que me fez refletir sobre a importância de sempre questionar tudo.

Outro ponto importante foi perceber que a IA generativa pode, literalmente, “devorar” os dados gerados por humanos. Pesquisadores do Canadá e do Reino Unido alertam que, à medida que o conteúdo gerado por IA se torna mais presente na internet, os futuros modelos de IA estarão aprendendo com o trabalho de seus antecessores e não com o de humanos. Isso pode gerar uma espécie de “emburrecimento” da IA que não terá mais tanta produção humana para devorar.

III Seminário Discente PPGS/UFPB. O que (des)aprendi stalkeando a inteligência artificial

No final, o que ficou claro para mim é que a IA é uma ferramenta poderosa, mas não é uma solução mágica. Ela pode nos ajudar de muitas formas, mas também exige que sejamos críticos e conscientes no seu uso. A pesquisa e a educação têm um papel fundamental nesse processo, e eventos como o III Seminário Discente PPGS/UFPB são essenciais para promover esse debate.

Queria agradecer o convite para o evento e deixar aqui registrado que foi uma honra para mim integrar uma mesa composta apenas por mulheres pesquisadoras que mergulham na tecnologia para tentar entender como ela pode contribuir ou atrapalhar a forma como nos movimentamos na sociedade.

III Seminário Discente PPGS/UFPB. O que (des)aprendi stalkeando a inteligência artificial

Karla Vidal

Karla Vidal é sócia da Pipa Comunicação onde atua há mais de 19 anos em projetos inovadores que unem comunicação, design e educação. também é Google Certified Educator,Google Innovator e Fellow do programa Educamídia.

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