Oi gente! Enfim, passei por aqui pra dar um oi.
Eu sou a Tanci e vou te acompanhar na formação sobre Computação Criativa. Talvez você tenha lido sobre mim na página do curso e por isso vou me permitir pular essa parte de apresentações, tá? Deixa eu te contar uma coisa para você… No fundo, no fundo, esse é um curso sobre ‘pensamento computacional’.
Mantenha a calma! Lembro bem do primeiro artigo científico que li a respeito desse assunto [1] e da sensação que senti. Quando li o termo pela primeira vez, confesso que não sabia direito lidar com aquilo. Era tudo muito novo para mim. Procurei o aclamado artigo científico que deu origem a todo aquele burburinho [2] e para minha surpresa, fiquei ainda mais confusa (pode rir de mim sem medo agora!).
Levou um tempo para a comunidade científica amadurecer o conceito e oferecer definições e aplicações menos utópicas e mais próximas do cotidiano. Por muito tempo, lembro de ter ficado na dúvida: o que será que isso quer dizer? Será que significa pensar como um computador? Voltaremos a isso mais à frente.
Por falar em termos esquisitos, suponho que você possa ter se perguntado o que exatamente quer dizer ‘Computação Criativa’, especialmente agora que eu embaralhei tudo e disse que era um curso sobre ‘pensamento computacional’. Se você está com o ‘pernambuquês’ em dia deve ter pensado: que diacho é isso?
Quando criamos o curso, o mais difícil – com certeza – foi escolher um nome pra ele. Como é que a gente diria que é um curso sobre Ciência da Computação, mas que não é algo tão, tão difícil a ponto de tu achar que só poderia entender se fosse um engenheiro de software ou cientista de dados? Como te contar que é sobre um jeito diferente de olhar para a Computação? D-I-F-Í-C-I-L.
A gente achou que chamar de Computação Criativa resolveria. No ruim, no ruim, restando dúvidas, inserimos um ‘para Educadores’ para ficar a certeza de que é um curso que cabe na tua vida e na tua cachola. Então, agora que tá claro que não é nenhum pandemônio, eu acho justo, digno e necessário te contar sobre o que é o curso no fim das contas.
O curso é sobre entender o que é o pensamento computacional e, voltando àquela nossa conversa sobre o termo esquisito, o primeiro passo é compreender bem o que ele não é. Como a Jeannette Wing disse, o pensamento computacional não é sobre pensar como computadores, mas sim como usá-los de maneira criativa e inteligente para resolver problemas do nosso dia a dia [2]. O mais interessante é que resolver problemas sob essa perspectiva envolve desenvolver habilidades como: confiança em lidar com complexidade, persistência em trabalhar com problemas difíceis, tolerância para a ambiguidade e se comunicar e trabalhar com outros para alcançar um objetivo ou solução em comum.
O outro passo consiste em aprender a usá-lo de um jeito criativo e envolvente em sala de aula. Como o nosso curso é bem mão na massa, a gente vai se concentrar em uma maneira prática de abordar o pensamento computacional: a programação. Não, não. O pensamento computacional não é sobre aprender a programar. Mas a gente vai usar programação para abordar de um jeito mais prático, certo?
Existe todo um universo paralelo de iniciativas e projetos envolvendo o pensamento computacional no mundo inteiro. No Brasil, tem gente fazendo trabalhos caprichosos com crianças, adolescentes e adultos nas mais diferentes áreas de ensino. Logicamente, que eu vou te mostrar o caminho das pedras para que possas trocar figurinhas com outras pessoas. Mas, o mapa completo tu só vai encontrar no dia 03/06. 😉 Ficou, muito, muito curioso? Eu, sendo tu, não perdia o nosso curso, hein?
No nosso próximo post, a gente vai conversar um pouco mais sobre porquê a gente acha importante aprender sobre Ciência da Computação mesmo se você não for um cientista da computação.
[1] Ralph Morelli e outros autores. 2010. Can Android App Inventor Bring Computational Thinking to K-12?Disponível em: <http://hfoss.org/uploads/docs/appinventor_manuscript.pdf> [2] Jeannette Wing. 2006. Computational Thinking.
Disponível em: <https://www.cs.cmu.edu/~15110-s13/Wing06-ct.pdf>
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